segunda-feira, 21 de junho de 2010

Se usa o que se aprende?

[24º Dia]
A turma estava vazia no começo do dia, foi distribuído para cada um uma folha com um 3 desenhos em preto e branco do Gian Calvi e um espaço em baixo, a proposta era para pensarem em frases que representassem cada imagem e depois pintar.
Essas atividades de colorir, desenhar, recortar, colar, assistir filmes e ouvir músicas podem, à primeira vista, parecer infantis para uma turma de adolescentes, mas se os exercícios não forem intermeados por situações lúdicas, os alunos acabam ficando desinteressados, então nesses momentos eles relaxam um pouco e acabam assimilando o conteúdo com mais facilidade. É claro que sempre tem os do contra que nunca estão satisfeitos com nada, reclamam quando tem muita coisa pra copiar no quadro e reclamam quando os deveres são mais leves, mas até esses, depois de um pouco de pirraça, acabam embarcando e fazendo o que foi pedido.
Quando terminaram essa primeira parte a professora distribuiu folha de exercícios sobre palavras com CH e X, em que várias palavras deveriam ser completadas e depois conferidas na correção e também uma folha com frases onde o F e o V estavam faltando, o aluno então deveria completá-las, essas dúvidas são muito comuns entre eles e achei muito importante a professora reforçar certos dados primários, mas que hora e meia confundem alguns.
Na faculdade aprende-se que F e V são fonemas fricativos labiodentais, esse tipo de informação vale para os pesquisadores (é isso que a faculdade forma, não é?) mas para um professor é mera curiosidade linguística, na prática, numa sala de aula, o que interessa é que os alunos confundem essas letras e deve-se a todo tempo reforçar com exercícios, através de leitura e escrita o modo correto de produção. Vogal média-alta posterior? Não é " Ô ".  Oclusiva alveolar sonora? É "D". O tempo vai passando e até agora tenho notado a disparidade entre a teoria do ensino superior e a prática da profissão, é interessante conhecer os meandros do idioma, essencial diria, mas no fim das contas é como ouvi várias vezes: a faculdade é só um caminho obrigatório, como, quando e o quê fazer, só se aprende na prática...e assim tem sido!

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