quinta-feira, 17 de junho de 2010

Uma bomba e uma expulsão

Falta pouco mais de 1 mês pro fim desse período na faculdade e a rotina de provas e trabalhos tá aumentando, é complicado conciliar vida acadêmica e profissional, ainda mais quando ambas exigem um alto grau de dedicação, então as atualizações estão capengas por aqui, mas estão indo.

[21º Dia] 16/06/2010
Foi ontem e não sei se pelo cansaço ou pela ausência de algo interessante, mas não me lembro de coisa alguma que valha a pena descrever. Hoje teve.

[22º Dia] - Hoje
Cheguei um pouco cedo, mas a professora já estava lá, arrumando o material dos alunos, aos poucos eles foram chegando e o caos (o bom e velho de sempre!) se instaurou. O primeiro exercício era escolher um poema, dentre os muitos que tinham nos livros sobre a mesa e copiar numa folha, desenhando ao lado algo que o representasse, depois a professora iria montar um cartaz com os trabalhos. Durante o dever, chegou na sala uma "fiscal" do Projeto Vitória (nome genérico do projeto em que essa turma de alfabetização tá inserida), ela conversou com a professora e foi para o final da sala avaliar a turma, cada aluno ia até ela e lia um trecho de um texto. Ninguém se comportou, mesmo com uma "visita" na sala, a professora ficou chateada e conversou sério com a turma ao final.
Incrível como alguns, sempre os que mais precisam, continuam ignorando a importância de se dedicar aos estudos, eu já aprendi a não tomar pra mim problemas que não são meus, ajudo-os o máximo que posso, mas os que não querem, ou acham que não precisam, não insisto mais como antes, porque no final das contas posso dar menos atenção pra alguém que tá interessado por culpa de alguém que tá ali só pra passar o tempo.  É triste saber que muitos não passarão de autônomos com baixo estudo em serviços mal remunerados, mas a informação e a ajuda estão ao alcance de todos naquela sala,  o que faz com que uns percebam isso e agarrem a oportunidade, enquanto outros a deixam passar é algo que ainda foge meu conhecimento e embora incomode, não mais pertuba.
No intervalo ouvimos da sala sala dos professores um barulho de explosão que parecia ser do pátio, lembrei que vi um aluno com uma caixa de fósforos e uma bombinha na aula e pedi pra ele guardar aquilo, que se a professora pegasse ia dar problema. Outra explosão! Nessa segunda o diretor desceu e pegou o tal aluno.
Os colegas tentaram defendê-lo, dizendo que não tinha sido ele e que tava sendo acusado injustamente, de qualquer forma o aluno acabou sendo expulso. Quando voltou pra pegar o material e ir embora ameaçou "o x9 que gaguetou" de morte (eles sempre ameaçam algo ou alguém de morte).


Seja como for, levar bomba e fósforo para a escola não é sinal de boa intenção e ele deu mole porque já o tinha avisado pra guardar, como sempre aviso quando os pego com celular (que segundo uma lei, pode ser confiscado pela professora e só devolvido para o responsável), dessa vez a consequência foi ruim, mas  poderia ter sido pior se por acaso aquela bomba tivesse ferido alguém.
Os alunos que ficaram fizeram a montagem de um livro com folhas de exercícios que tinha feito no começo do ano. Muita tesoura, papel picado, cola e bagunça, todos concluíram e depois de copiar um texto de ciências, liberados.
Amanhã irão visitar o centro cultural dos Correios, boa oportunidade pra ver como se comportam fora do habitar escolar. Será a mesma zona? Por via das dúvidas levarei uma espingarda e chumbo!

Reprodução do momento que a bomba explodiu no pátio do colégio. O terreno escolar pode ser bem instável.

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